terça-feira, 20 de abril de 2010

ENFIM, VERDADE.

Estive à beira de um impasse. Quase entram em colapso minhas glândulas lacrimais em público. Assistindo, cansado, porém teimoso, as sábias palavras de certo candidato a nos representar lá na casa da fatiota. Esse dia eu havia comido fritura, e meu estômago já estava deveras revirado, algum pastel eu acho, recheado com o molho de alguma ave que não sei dizer.
Um senhor bem postado, aparentemente estudado, deve ser um daqueles que tem muitos amigos que o protegem. Homem de sorte, bons amigos aqueles que lhe aconselham, tanto que nem é preciso o tal agir por si, basta seguir os conselhos de seus queridos e executar. Em sua concepção: política prática, portátil, não suja, não fede, nem esmigalha. Não me parece ser o que parece ser, mas enfim. Chamou-me a atenção, o final do discurso, não por eu estar cansado, mas pela sóbria atitude totalmente anti-hipócrita, o tal discurso segue:
“Senhores e senhoras, povo brasileiro, venho em sã e boa voz, apresentar-lhes minhas propostas, cujas tenho como horizonte ideal de acordo fiel com minha convicção, sobre minhas aspirações para meu povo, meus filhos, meus netos, eu mesmo. Venho abrir-lhes os olhos, contra a hipocrisia e falsas borbulhas de veracidade intrincada e induzida, contra a falta de respeito com o povo desta “nação” brasileira. Atento-lhes, que não é este, apenas mais um discurso eleitoreiro o que venho lhes propor. Quero aqui, colocar as cartas na mesa, a transparência afável de palavras que vos dirijo deve vós acolher, como o pão que adentra suas casas diariamente. Apenas nas palavras sinceras de quem quer melhorar realmente a situação do país, deve-vos tomar como certa direção. Queremos, nos próximos anos, investir na educação de nossas crianças, nossos tão sofridos aposentados...”
Dali em diante eu já me lembrava como seria desde a última dessas que presenciei. Hora era de dar umas mordidas no pastel de ave para lembrar o gosto meio azedinho próprio seu. O senhor continua.
Bebia eu uns goles de uísque barato, entre precipitações do tipo: “fulano é o centro da incompetência, beltrano um zero à esquerda...”, quando mais, o apogeu: o povo chorava de emoção,não bastasse, guardara ele seu melhor número para o final, como de praxe nos espetáculos dos circos que íamos assistir com nossos tios de milésimo grau. Finaliza: “Sei o que vocês, cidadãos, querem desse país! Atitude, verdade, chega de mentiras, chega de enganar o povo, chega de hipocrisia, chega de hipocrisia, prometo mudar o país, o mundo, o universo, a China, Cuba, o inferno! Prometo por fim meus filhos, com toda a minha força, um dia, aprender a dizer a verdade o tempo todo, para provar, aqui vai a verdade: preciso ir meu povo, uma pomba cagou no meu paletó”.



CURIOSIDADES SOBRE OS BEATLES.


-Os Beatles fizeram 294 apresentações no Cavern Club, entre dezembro de 1960 e agosto de 1963 .
-Durante os cinco primeiros minutos da primeira apresentação dos Beatles no programa de tv americano "Ed Sullivan" em 1964, não houve assaltos nem homicídios nos Estados Unidos.
-Os Beatles foram os primeiros a fazer video clips de suas músicas. Eles estavam cansados de tocar diversas vezes em programas de TV, então decidiram gravar as músicas em vídeo e distribuir para as TVs. Os 2 primeiros clips foram: Paperback Writer e Rain. George Harrison disse na série Anthology: "De certa forma, inventamos a MTV"
-O disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band foi o primeiro disco no mundo a vir com um encarte com fotos e letras das músicas.
-Quem pensou no nome Beatles foi John Lennon.
-Ringo é o Beatle mais velho, nasceu em 07/07/40.
-George Harrison é o Beatle mais novo, nasceu em 25/02/43.
-Ringo teve diversos problemas de saúde quando criança. Ficou em coma por várias semanas aos 6 anos de idade. Com 13 anos ele teve pleurisia.
-Ringo foi o último integrante a se juntar aos Beatles. Ele foi bastante ofendido pelos fãns quando substituiu Pete Best na bateria dos Beatles. No seu primeiro show no Cavern Club (18 de Agosto de 1962), o público gritava sem parar: "queremos Pete".
-Antes do nome "The Beatles", a banda teve vários outros nomes: "The Quarrymen", "The Rainbow", "Johnny & The Moondogs", "Long John & The Silver Beatles" e "The Silver Beatles". Nessa época com o nome "The Silver Beatles" eles usavam apelidos bem estranhos: John Lennon era chamado de "Johnny Silver", Paul McCartney era "Paul Ramon", George Harrison era chamado de "Carl Harrison" e Stu Sutcliffe era "Stu Stäel".
-Os Beatles foram os primeiros a colocar trechos de trás para frente nas músicas, como em Strawberry Fields Forever, Blue Jay Way, Rain, Free As A Bird.
-Quem criou os famosos cortes de cabelo dos Beatles foi Astrid Kirchner, namorada de Stu Sutcliffe.
-Durante uma excursão em 1965 ao Canadá, um dos policiais da segurança dos Beatles chamava-se Pepper (e ele era sargento) .
-Após um show nas Filipinas foi marcado um jantar entre os Beatles e a primeira-dama desse país, mas os próprios Beatles não foram avisados. Com isso, ela ficou esperando por eles a toa no palácio. Ela se sentiu humilhada e no outro dia a caminho do aeroporto, os Beatles foram perseguidos por populares que tentavam linchá-los.
-O disco mais vendido dos Beatles é a coletânea chamada "1" lançada no ano 2000, que contém as 27 músicas de maior sucesso dos Beatles. Entre os álbuns dos anos 60, o título de campeão de vendas fica com Abbey Road.
-"All My Loving" e "And I Love Her" foram compostas para Jane Asher, que na época era namorada de Paul McCartney.
-"All My Loving" também foi a primeira música onde Paul fez a letra antes da melodia.
-A música "The Ballad Of John And Yoko" foi gravada apenas por John e Paul, sem a participação de George e Ringo. John cantava, tocava percussão e guitarra, enquanto Paul tocava piano, baixo, maracas e bateria.
-Paul McCartney também tocou bateria em "Back In The USSR" e "Dear Prudence".
-Paul McCartney tocou guitarra em várias músicas, como "Another Girl", "Back In The USSR", "Good Morning Good Morning", "Helter Skelter", "Paperback Writer", "Taxman", "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band", "The End", "Ticket To Ride", "Why Don't We Do It In The Road", "And Your Bird Can Sing", "I Will", "I'll Follow The Sun", "I've Just Seen A Face", "Michelle".
-John Lennon tocou baixo em Back In The USSR, I'm Looking Through You, Rocky Raccoon, Helter Skelter, Let It Be, The Long And Winding Road.
-George Harrison tocou Cítara em Norwegian Wood, Love You To, e Within You Without You.
-Don't Bother Me foi a primeira música composta por George Harrison que saiu em um disco oficial dos Beatles. Ele compôs essa música em um quarto de hotel.
-As músicas "Got To Get You Into My Life" e "Day Tripper" fazem alusão às drogas.
-John Lennon compôs "Being For The Benefit Of Mr. Kite" inspirado em um pôster de circo (Pablo's Fanque Circus Royal).
-"When I'm 64" foi inspirada no pai de Paul McCartney, que tinha 64 anos.
-A música "Good Morning, Good Morning" foi inspirada em um comercial de cereais.
-A música Doctor Robert foi baseada em um médico americano, chamado Robert Freyman, que curava seus pacientes com drogas bem pesadas.
-O nome da música "Strawberry Fields Forever" refere-se ao orfanato do exército da salvação em Liverpool, chamado "Strawberry Fields".
-Ob-La-Di, Ob-La-Da significa "Life Goes On" no dialeto de uma tribo africana. Em português significa "A vida vai" ou "A vida vai bem".
-John gravou os vocais de Revolution deitado no estúdio.
-A música Helter Skelter chegou a ser gravada em uma versão de 27 minutos de duração. Essa gravação ainda existe, George Martin pensou em colocá-la no Anthology 3, mas além de ocupar um terço do CD, ele declarou que as pessoas não teriam paciência de escutar tudo.
-Paul fez a música Hey Jude para Julian Lennon, filho de John e Cynthia Lennon, para não deixá-lo triste com a separação dos seus pais. John trocou Cynthia por Yoko Ono.
-John Lennon teve inspiração para a música "Lucy In The Sky With Diamonds" após ver um desenho do seu filho Julian, de uma garota chamada Lucy, em um céu com diamantes. Muitos acreditavam que a música seria uma apologia às drogas, com seu nome sendo referência ao LSD. Lucy In The Sky chegou a ser proibida de ser tocada em alguns países.
-A música "Julia" é uma homenagem à mãe de John Lennon.
-John Lennon fez a música "Dear Prudence" para Prudence Farrow, filha da atriz Mia Farrow, que estava na Índia com os Beatles.
-"Sexy Sadie" foi feita como uma crítica de John Lennon ao guru Maharishi Mahesh Yogi. O grupo foi buscar ensinamentos espirituais com o guru na Índia, mas ele apenas tentava ganhar fama sobre a presença dos Beatles e conquistar a irmã da atriz Mia Farrow.
-Na música "Martha My Dear", Martha era o nome da cadela de Paul McCartney.
-Yoko Ono faz a voz de criança na música "The Continuing Story Of Bungalow Bill".
-O solo de guitarra de "While My Guitar Gently Weeps" foi feito pelo cantor e guitarrista Eric Clapton.
-Mick Jagger fez backing vocals na música "Baby You're A Rich Man".
-O solo da música "The End" do disco "Abbey Road" foi feito alternadamente por George, John e Paul.
-A música "Let It Be" foi composta após Paul ter tido um sonho com sua mãe, que havia falecido, e no sonho ela disse que tudo estaria bem.
-John e Paul fizeram uma apresentação como dupla, em 1960, no pub Nurk Twins em Bending, Berkshire.
-Paul compôs sua primeira música em 1955, quando ele tinha 14 anos, chamada "I Lost My Little Girl".
-A primeira música dos Rolling Stones (I Wanna Be Your Man) foi dada de presente por John e Paul.
-Os Beatles venderam quase 2 bilhões de discos e fitas até hoje.
-O primeiro nome da música "Yesterday" foi "Scrambled Eggs" (ovos mexidos).
-Além disso, Yesterday é a música que foi gravada o maior número de vezes por diferentes cantores.
-O primeiro nome da música Eleanor Rigby foi "Daisy Hawkins". Nenhum dos 4 Beatles tocava instrumentos nessa música. Ela foi gravada por uma orquestra e com vocais de Paul McCartney.
-O título original de "Hey Bulldog" era "You Can't Talk To Me".
-O título original de "For No One" era "Why Did It Die".
-O título original do disco "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band" era "Dr. Pepper".
-O disco "Please Please Me" foi quase todo gravado em apenas um dia (11 de Fevereiro de 1963).
-O disco "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band" foi produzido em 129 dias, em 700 horas.
-O título original do "White Album" era "A Dolls House" ("A Casa das Bonecas", nome tirado de uma peça teatral de Henrik Ibsen).
-A primeira aparição dos Beatles na TV americana foi dia 03/01/64, no programa de Jack Paar, onde ele exibiu uma versão ao vivo de "She Loves You".
-Os assistentes de palco (Roadies) dos Beatles eram Neil Aspinall e Mal Evans.
-Durante as gravações do White Album, Ringo chegou a sair dos Beatles por duas semanas, após uma briga com Paul.
-Nas gravações do disco Abbey Road, os Beatles já estavam brigados entre si, e decididos a acabar com a banda; com isso não tocavam mais juntos, cada um gravava sua parte das músicas do disco separadamente.
Eu, tu
Nós, vós
Sem voz
Já jaz

Já foi
Em paz
Sem paz
Nós, vós

Sem som
Luz não
Sem sim
Só não

Pra mim
Nós, vós
A sós
Assim

Foi, é, será
Teve, tem, terá
Quando, quem, que nem
Vir, ir, voltar

De pé
No chão
No pó
A pé

Nem mão
Sem mãe
Irmão
Nem vó

Solar
Lunar
Rota
Orbital

Vitrô
Mural
Pintor
Do som

Falta
Força
Falha
Nós, vós
O que será? – por Mino Carta
Proponho um teste: quem pronunciou a seguinte sentença? “Não se deve pensar no Estado da inércia, da improdutividade. O Estado deve ser forte, não obeso. Forte em seu papel de cumprir as funções básicas e ativar o desenvolvimento, a justiça social e o bem-estar da população.” Respostas: a) Karl Marx; b) Antonio Gramsci; c) José Serra; d) Lenin; e) Dilma Rousseff. Não obrigo os leitores a procurar na última página desta edição a resposta correta, colocada de cabeça para baixo. Digo logo: resposta C.
A apreciação do pré-candidato tucano à Presidência da República consta da entrevista que ele deu à Folha de S.Paulo, publicada no domingo 11. Excluído do teste, obviamente, o público do jornal. Talvez haja quem se surpreenda com uma declaração que coincide, ao menos na essência, com algumas anteriores feitas pela pré-candidata Dilma Rousseff. Os meus afáveis botões murmuram em surdina que a mim não cabe surpresa. Com sua definição a favor do Estado ativo (o adjetivo é dele), Serra foi certamente sincero.
Outra situação que não justifica espantos é o entusiasmo da mídia nativa com o lançamento da candidatura do ex-governador, sábado 10. De volta aos botões, eles sentenciam: é a beatificação em vida. Foi de fato uma apoteose, com o condimento das lágrimas de Fernando Henrique e da súbita empolgação de Aécio Neves. Sobram aspectos da cobertura midiática de compreensão intrincada, se não francamente impossível. Se Dilma fala em Estado forte, o pânico coa das páginas e do vídeo. Em compensação, a Serra tudo se permite. Será que editorialistas, colunistas, articulistas, repórteres não levam Serra a sério quando usa argumentos banidos do catecismo dos herdeiros do udenismo velho de guerra? E apostam então na ação concentrada do tucanato para conter os arroubos de um ex-cepalino ainda sob contágio? Talvez. Coisa certa: a mídia nativa está contra Lula, desde sempre, e contra sua candidata. Portanto, a favor de Serra. Favor? Algo mais do que isto, como se no firmamento as estrelas tremelicassem em desespero.
A campanha que esboça é, porém, antiga, anacrônica, mofada igual às roupas da bisavó nos baús do sótão. O propósito continua a ser a semeadura do medo. Funcionou contra Getúlio em 1950, contra JK, contra Lott, contra Jango. No golpe de 64. E contra as Diretas Já e contra Lula em 1989, aquele momento em que o presidente da Fiesp, Mario Amato, vaticinou o êxodo da burguesia caso vencesse o fundador do PT. Com a candidatura de Fernando Henrique, tudo ficou fácil, os graúdos e sua mídia enamoraram-se dele. A vitória do ex-metalúrgico muda o quadro em 2002 e 2006. Fica provado que o jornalismo pátrio com suas aulas de pavor não chega lá. Chegaria agora? Lula não cativou apenas seu povo, que de resto é maioria. Cativou também largos setores do empresariado nacional que a mídia insiste em pretender assustar quando denuncia o ódio, pretensamente estimulado pelos governistas em um confronto entre ricos e pobres e entre Sul e Norte.
Os editoriais dos jornalões clamam contra a ideia do plebiscito, como se toda eleição não implicasse o confronto entre as realidades do passado e as promessas do futuro, e como se os índices de rejeição de FHC não alcançassem a abóbada celeste. Sim, Dilma é a candidata de Lula. Serra, entretanto, é a figura política que cresceu à sombra de Fernando Henrique, o amigo inseparável sob a batuta de Sergio Motta, o parceiro cativo. Como escapar a esta circunstância? Houve tentativas de tirar o ex-presidente da ribalta. Em vão. Ali está ele, a reivindicar seu lugar na história e o próprio Serra não consegue fugir à injunção de recomendá-lo aos pósteros e de lhe provocar a comoção.
A mídia malha Lula sem perceber que, desta maneira, endossa o conceito do pleito plebiscitário. Mostra, antes de mais nada, é seu medo, em face de uma candidata que absorve o prestígio de quem a ungiu. Um ponto permanece obscuro: resta saber se a mídia nativa, desta vez e finalmente, dirá quem apoia, em lugar de alegar uma imparcialidade fajuta. A bem da verdade factual.