sexta-feira, 6 de novembro de 2009

DOCE ASCO

Quando ao vento se lançam uivos
Sons notáveis, melodias aladas
Há quase nunca um tom memorável
Uma razão inexistente
Uma interpretação nunca fiel, nem criativa
Para o real sentido dos mesmos
Quase sempre, às vezes nunca...
Aquele velho aproveita
A nova safra de idéias
Para colecionar os novos velhos fracassos
Dos que passam por debaixo de sua janela
Ele já não fuma mais cigarros
E nem bebe aquele vinho
Pois estas são idéias que aqueles
Não colocaram nos sucessos de pesquisas nos livros
Pra que chorar o fim, se logo o fim que se dá o seu fim
Dá licença ao reinício
Peça licença
Coma lixo intelectual
Vomite poesia
Não siga regras
Nem conselhos inválidos
Estrofe inútil, precisava dar corpo
Ao raquítico poema
Livre aquele que prende-se por espontaniedade
E vive sem lamúrias
E lamuria-se vivendo
Calma, calma, calma
Três vezes pressa
Essa desordem de versos
Amor ao caos poético
Anjo alcoólico
Bagunça, desarticulação, loucura...
Fim, o bom fim
Teria sempre de se dar
Com reticências...
Dé.

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