terça-feira, 12 de janeiro de 2010


TROCA DE PAPÉIS

Há muito inverteram-se os papéis da família e da escola, frente à educação dos alunos. Diariamente presencia-se na sala de aula, uma postura cada vez mais transviada das crianças e adolescentes. Apavorante! Preocupante! Estas palavras resumem o sentimento sobre fatos inaceitáveis no meio educacional.
Já são comuns as notícias de violência contra professores, entre colegas, atos imorais e marginais de alunos. As situações são diversas. Mas o que muitas vezes gera dúvida é: quem está fora de seu papel, a família que não educa, ou a escola que não prepara?
E é aí que entra outra questão: qual o papel da família e qual é o da escola?
Em tempos passados os alunos tinham uma educação moral e social inabalável construída pela família (por esta ser o primeiro agente de socialização), mas com a forma de vida contemporânea capitalista, vem se perdendo os mesmos em meio ao corre-corre e o stress do dia-a-dia.
O papel da escola é formar pessoas, seres críticos, pensantes, cultos e preparados para o mercado de trabalho. É lidar com elementos seguintes à formação básica social e moral. Formação esta, que se deve totalmente aos cuidados da família. Educar, ensinar as crianças a praticar o que realmente são valores morais. Embasados por esse modelo familiar, dirigem-se à escola para uma segunda fase.
Quando os professores ou diretores das escolas necessitam chamar os pais por algum desvio comportamental do aluno, é rotineiro ouvir: “É isso que a escola está ensinando a meu filho?”. Absurdo! Muitos pais pensam que os filhos freqüentando a escola serão automaticamente bem formados, com a parte que eles próprios esqueceram. Pura ignorância.
Na escola antiga, os professores chamavam os pais para resolverem os problemas de comportamento dos filhos, hoje os pais vão à escola para exigir dos professores essa atitude. Como que se estes fossem grandes magos com poderes de moralização instantânea.
O problema nacional parece estar distante de dentro das casas. Muito pelo contrário. A família deve colocar-se em seu lugar e dar uma base sólida à socialização e moralização das crianças. Consequentemente a escola, recebendo estes indivíduos fará sim, seu papel real com muita eficiência e um resultado final compensador.
É assim que teremos uma escola eficiente, potente para soltar ao mundo, pessoas éticas e intelectualmente ativas. Assim, automaticamente se construirão bons profissionais, assim se construirá a paz, assim se construirá um país. Ou talvez seja mais cômoda essa atual negligência e esse vício alienado de se andar em círculos.

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